sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Um pouco dos outros, um pouco de mim

O que você faz enquanto caminha na rua? Tudo bem caminha, dã! Mas qual a sua atitude? Eu costumo olhar as pessoas. As expressões para ser mais exata. Em meio a tanta correria, muitos transeuntes carregam olhares atentos, pensativos. Entretanto, no circulo de stress e tarefas a serem cumpridas surge alguém com um rosto leve, despreocupado, quase flutuando. Esta semana a tal pessoa fui eu. Lembrei de um dito-cujo que fez um sorriso estampar meu rosto. Fiquei boba. Parei de observar o mundo ao meu redor e fui absorvida pelos meus pensamentos. De repente um amigo parou na minha frente para dar oi. Foi quando voltei a mim. Então pensei, quantas pessoas será que me viram com aquela felicidade tola?

Até este ponto não havia percebido como o ato de observar os outros me afetava. Ao ver muitos outros preocupados com seus compromissos, em alguns casos me lembrava da própria agenda apertada, em outros me deixava feliz pela possibilidade de passear tranquila. Fiquei questionando se a minha pessoa interfere na rotina dos outros. Retomo a questão, meu semblante infantil pela paixonite chamou a atenção de alguém? Minha leveza momentânea tranquilizou uma pessoa que passou por mim? Almejo, honestamente, que sim. Os que analiso enquanto perambulo por ai, são percebidos por mim, me transmitem uma energia, e, em geral, ao fim da sensação são esquecidos. Por isso, anseio que aquele momento aéreo tenha dissipado uma ponta de alegria, de tranquilidade e por que não dizer, paixão.

5 comentários:

  1. Incrível Chará, passei pela mesma experiência hoje enquanto caminhava descompromissada pela rua, e quando me dei conta do sorriso bobo que eu carregava, tive a impressão de que as pessoas me olhavam curiosas. Loucura da minha cabeça ou não, uma coisa é certa, a felicidade não se esconde, ela é sempre percebida.

    Um beijo e belo texto!

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  2. Joice com I, que bom ver teu comentário... Muito obrigada querida. Bjoks

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  3. Como o passar do tempo aprendi que o caminho as vezes é mais importante do que o próprio destino, e dai passei a observar o que ele me dizia. Me habituei a tentar desvendar as histórias que o caminho me contava, as calças, os prédios, as arvores, ...sempre fui um apaixonado pelas coisas incríveis (ou nem tanto) que o homem é capaz de fazer, suas motivações e resultados. Costumo observar a arquitetura dos prédios, os ladrilhos das calçadas, suas cores, mas esse é apenas o meu olhar singular sobre o caminho.

    Ah, parabéns pelo blog!

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  4. Eliézer!!!

    Muito obrigada por passar aqui. Eu fiz uma trabalho na faculdade exatamente sobre isso que você comentou: olhar a paisagem. Chamamos de "infra-ordinário", depois deste certamente comecei a reparar mais nas obras e componentes visuais do que me rodeia, mas olhar as pessoas me intriga desde muito pequena.

    Mais uma vez obrigada pelo carinho. Beijão.

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