Por algum acaso internético me deparei com o título de
um filme: O último dançarino de Mao (Mao’s last dancer). Fascinada por cinema e apaixonada pela arte da
dança resolvi assisti-lo, de maneira muito despretensiosa. Nem procurei muito
sobre o filme, já que não foi muito comentado. Sem ideia de ano, direção,
nacionalidade da produção, simplesmente sentei e deixei a película rodar. Grata
surpresa! O longa de quase duas horas é lindo, emocionante e com fotografia
maravilhosa.
As expectativas
eram para um filme sobre dança, com bailarinos magníficos, algum romance para dar
liga e a busca pelo sucesso. Não que estes itens faltem na narrativa, mas
vai muito além. O último dançarino de Mao retrata a vida de Lin Cunxin, um
garoto chinês de 11 anos tirado do vilarejo que mora para estudar balé em Pequim, na escola de dança Madame Mao, em
plena Revolução Cultural. Os anos passam, o rapaz transforma-se
em uma máquina técnica de dançar. Frio e mecânico. Enquanto tenta entender os porquês
de ser afastado da família, da obrigação de viver num internato, da necessidade
de agradar os professores e de pensar da maneira que o estado manda, Li aprende a sentir
a essência do Ballet Clássico.
No início da vida adulta ele recebe um convite para
estudar três meses nos Estados Unidos e decide não voltar. Neste ponto os
conflitos políticos e culturais alteram os rumos do que a China comunista
planejava para o jovem prodígio. Confuso o bailarino precisa decidir entre seus
sonhos, seu país e sua família.
Encerro minhas percepções por aqui para não dizer
mais do que devo. Mas registro mais um detalhe: a história é
baseada em fatos reais. Lin Cunxin hoje é bailarino principal do Australian
Ballet, casado e tem três filhos.
Título: O último dançarino de
Mao (Mao’s last dancer).
Ano: 2009.
Dirigido por: Bruce Beresford.
Gênero: Drama/Histórico.
Nacionalidade: EUA, China,
Austrália.