terça-feira, 16 de agosto de 2011

Do meu baú


Sem o Godofredo - meu pc de mesa - para procurar textos apelei aos cadernos guardados. Não tinha noção que escrevo a tanto tempo. Achei coisas de quando tinha 12 anos, mas claro com toda paixão e conhecimento que uma criança desta idade pode ter. Ri muito com a fase sofredora por amor dos 14 e 15 anos, e com meu modo latino de escrever. Como dizem minhas amigas ser “latina” é sentir tudo com muito exagero, sem meio termo. No fim me deparei com uma redação bem simples de 14.12.2007 – ainda bem que dato tudo. Foi ao final do primeiro ano de faculdade. Agora noto como melhorei no quesito escrita, sei que ainda há muito a progredir. Poderia mudar muitas coisas, mas decidi postar assim, do jeito que está para vocês avaliarem como eu era, e como sou. Alguns dos pensamentos que apresento se mantêm, outros mudaram de maneira drástica. Espero que gostem.

Memória

Sabemos que os acontecimentos marcantes de nossas vidas ficam guardados em algum lugar. Seja onde for, ali ficam até que um dia precisemos delas, as lembranças. Mas e se não quisermos trazê-las à tona? E se preferirmos assim? Que continuem escondidas e secretas! Para que não nos arrependamos dos erros. Para que não soframos tudo outra vez.

Ou então quando, desesperadamente, temos que lembrar algo. Seja uma fórmula para cálculos de física, que você não usa há anos e seu filho agora precisa. Ou a receita do melhor bolo que sua avó fazia e você tinha a esperança de replicá-lo. E o nome de alguém muito simpático que te trata com todo carinho, mas você não via há séculos e não tem noção de onde conhece.

Então para que lembrar de tão dolorosos e inesperados, ao invés de ajudar nos momentos necessários? Para que você aprenda. Que nem tudo que damos valor, vale a pena. Os erros são os maiores professores. A dor lhe fortalece. Assim não sinta-se mal pela falha de memória. Apenas seja sincero com os outros, mas sobretudo com você.

Nenhum comentário:

Postar um comentário