Medo
Cá estou, em um quarto quase escuro.
Lá fora? Chuva, raios, trovões...
Meia noite; sozinha; tempestade.
Somente a luz de um candelabro.
O pânico toma meu corpo.
As mãos suam sem parar.
Sinto meu coração bater...
Como se quisesse atravessar o peito.
Meus ouvidos aguçam-se.
Meus olhos, dois radares.
A necessidade de comunicar-me
É imensa, enorme (pequena...).
O sono vem, mas a mente não deixa
Com que os olhos fechem,
Os ouvidos descansem
As mãos parem de tremer
O coração volte ao normal.
A chuva acalma, meu corpo também.
Infeliz momento para mais um estrondoso trovão.
Acordo, repentina.
Sendo que estou dolorida.
Enlouquecendo de cansaço (e temor).
Sobre a cama macia.
Não fosse a chuva a chicotear minha janela!
Novamente ela civiliza.
Meu ser entrega-se.
Adormeço num sono angelical.
E o medo? Morre.
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